PrincĂ­pios para Financiamento

Introdução

A Aliança Global Wycliffe, iniciou uma conversa mundial sobre o financiamento para movimentos de tradução da bĂ­blia no contexto da missio Dei (missĂŁo de Deus). Durante 2013 – 2014, a Aliança facilitou consultas missiolĂłgicas na Turquia, Tailândia, Alemanha, QuĂŞnia e MĂ©xico, com um total de 145 participantes de 51 nações.

Os propósitos estabelecidos nas reuniões foram:

  • Aprofundar a compreensĂŁo missiolĂłgica individual e coletiva dos participantes.
  • Articular uma visĂŁo para orientar as práticas de financiamento no contexto da missĂŁo de Deus, com base em princĂ­pios missiologicamente sĂłlidos, contextualmente relevantes, sustentáveis e globalmente respeitosos.

Os participantes da reuniĂŁo, estudaram a mudança dos contextos de financiamento global e local, Ă  luz dos princĂ­pios bĂ­blicos. Isto proporcionou um ambiente para construir relacionamentos, ouvir opiniões diversas, obter ideias e distinguir, em conjunto, oportunidades e responsabilidades em relação ao financiamento como parte da missĂŁo de Deus. Os princĂ­pios de financiamento surgiram dessas reuniões e foram compostos em harmonia com a Declaração de Filosofia de Tradução da BĂ­blia da Aliança Global de Wycliffe e a Aliança Global Wycliffe na Comunidade.

O uso intencional desses princípios, é para incentivar uma maior reflexão e diálogo e ajudar no desenvolvimento de práticas de financiamento entre os membros.

PrincĂ­pios

PrincĂ­pios 1-4: A missĂŁo de Deus pertence a Ele

1) A missĂŁo de Deus Ă© realizada pelo Pai, Filho e EspĂ­rito Santo em perfeita unidade. (GĂŞnesis 1:26; Mateus 3:16-17; JoĂŁo 17)

2) Tudo pertence a Deus, incluindo todos os recursos necessários para cumprir Sua missĂŁo. (Salmo 50:7-15; Salmo 24:1-2; Salmo 136; IsaĂ­as 66:1-2; JĂł 38:1-42:6)

3) Deus convida e permite que Sua Igreja Global participe criativamente com Ele em Sua missĂŁo. (Mateus 14:13-21; Mateus 28; JoĂŁo 14:16-15:8; JoĂŁo 20:19-23; Apocalipse 21:22-22:5)

4) O amor e a generosidade de Deus nĂŁo tĂŞm limites. (JoĂŁo 3:16-17; JoĂŁo 15:9-15; Romanos 8:31-32; 1 CorĂ­ntios 2:6-9; Tiago 1:17)

PrincĂ­pios 5-7: Deus provĂŞ para Sua missĂŁo

5) Deus, forma criativa, sustenta Sua missĂŁo por meio de uma variedade de pessoas, meios e recursos. (Romanos 12; ĂŠxodo; 1 Reis 17; 2 Reis 4; Mateus 3:4; Marcos 6:35-44; Lucas 8:1-3; Lucas 10:1-12; Atos 3:1-9; Atos 18:1-3)

6) Como portadores da imagem de Deus, e seguindo Seu exemplo, cada pessoa pode doar, de maneira alegre e generosa, de acordo com as bĂŞnçãos que Deus deu. (GĂŞnesis 1:26-28; Mateus 25:31-40; Lucas 21:1-3; Atos 4:32-37; 2 CorĂ­ntios 8:9; 2 CorĂ­ntios 9:7)

7) Reconhecendo a intenção de Deus de prover por meio da comunidade, a distribuição dos dons e recursos de Deus, incluindo o dinheiro, Ă© encorajada para que todos possam se beneficiar. (Mateus 19:16-30; Lucas 12:22-34; Atos 2:41-47; Atos 11:27-30)

rincĂ­pios 8-14: Deus nos permite compartilhar Seus recursos

8) Tudo o que temos Ă© de Deus. (GĂŞnesis 1; Salmo 104:1-30; Colossenses 1:9-20)

9) Participar do financiamento da missĂŁo de Deus Ă© um ato de adoração. (Malaquias 3:7-18; 2 CorĂ­ntios 9:11-15)

10) NĂłs damos a partir do que Deus nos deu, reconhecendo nossa dependĂŞncia dEle atravĂ©s da oração e obediĂŞncia. (2 CorĂ­ntios 9:9-10; 1 TimĂłteo 6:17-19)

11) Nenhum indivĂ­duo ou grupo Ă© autossuficiente. Compartilhar recursos Ă© uma atividade relacional interdependente onde todas as pessoas e suas contribuições sĂŁo valorizadas, e cada pessoa pode compassivamente doar e receber. (Romanos 12; Romanos 14:7; 1 CorĂ­ntios 12)

12) O compartilhamento de recursos precisa ser sensĂ­vel e eficaz a mĂşltiplas culturas e contextos. (1 CorĂ­ntios 9:1-19; Filipenses 4:15-18; 3 JoĂŁo 3-8)

13) No processo de doar e receber, a dignidade de todos Ă© honrada e valorizada por meio da amizade e de relacionamentos respeitosos. (1 CorĂ­ntios 12:20-27; 1 CorĂ­ntios 13:3; 2 CorĂ­ntios 8:13-15)

14) Quando os planos entre os parceiros financiadores funcionam de forma diferente do esperado, surge entĂŁo uma oportunidade de se reunir em uma atmosfera de graça, para distinguir e se alinhar com o que Deus está fazendo. (Atos 6:1-7; 2 CorĂ­ntios 8:1-7)

Princípios 15-19: Deus espera uma administração sábia de Seus recursos

15) A mordomia e a responsabilidade sĂŁo importantes para Deus, portanto, somos mutuamente responsáveis por utilizar Seus recursos de forma Ă©tica e sábia. (IsaĂ­as 58:1-10; Lucas 16:9-13; 1 Pedro 4:10)

16) Os valores de mordomia sĂŁo desenvolvidos e testados dentro da comunidade, de acordo com os princĂ­pios bĂ­blicos. (Ageu 2:1-9; Tiago 2:1-18)

17) Uma compreensĂŁo coletiva das necessidades de financiamento Ă© determinada atravĂ©s da consideração de muitos fatores, incluindo a reflexĂŁo e o diálogo missiolĂłgico e teolĂłgico. (IsaĂ­as 61:1-9; Marcos 7:1-13; Lucas 21:1-6; Eclesiastes 2:18-26)

18) A comunicação transparente e os relacionamentos de confiança sĂŁo essenciais para o diálogo sobre as necessidades e para evitar questões relativas a poder, orgulho e controle. (Jeremias 22:1-16; Marcos 8:14-21; Atos 2:42-47; Atos 5:1-11)

19) O discernimento nas decisões de financiamento inclui: oração, reflexĂŁo, opiniões diversas e reconhecimento da missĂŁo de Deus e Seu objetivo na transformação e restauração holĂ­stica das pessoas. (Mateus 10:1-16; Atos 11:27-30; Atos 20:32-36; Filipenses 4:10-23)>